O filme exclusivo da Netflix, Bebê Ruby (Baby Ruby, 2022), dirigido por Bess Wohl, apresenta uma narrativa psicológica que explora a maternidade sob um olhar perturbador. A história acompanha Jo (Noémie Merlant), uma influenciadora digital que enfrenta desafios após o nascimento de seu primeiro filho. Neste final explicado, vamos investigar o longa que utiliza elementos psicológicos e simbólicos para construir um ambiente de crescente tensão.
Os Mistérios da Trama de Bebê Ruby
Bebê Ruby gira em torno da experiência de Jo, que começa a perceber eventos estranhos ao redor de seu bebê. A protagonista sente que algo está errado, mas não consegue distinguir se suas percepções são reais ou fruto de sua mente fragilizada pelo puerpério. O comportamento do bebê e a atitude das pessoas ao seu redor intensificam a dúvida sobre a sanidade da personagem.
Um dos principais mistérios envolve a ideia de que Ruby pode não ser um bebê comum. Em diversos momentos, Jo tem visões perturbadoras e se sente ameaçada. A relação com outras mães também contribui para a atmosfera de estranhamento, sugerindo que existe um segredo compartilhado entre elas. Os simbolismos visuais e a trilha sonora reforçam a dúvida sobre o que é real e o que é projeção da protagonista.
Outro ponto intrigante é a forma como Jo interpreta o mundo ao seu redor. Pequenos detalhes em cenas cotidianas adquirem um peso significativo, ampliando o impacto psicológico da narrativa. A maneira como a história é estruturada leva o espectador a questionar constantemente a perspectiva da protagonista.
Final Explicado de Baby Ruby: era tudo uma ilusão?
No desfecho do filme, fica evidente que os eventos aterrorizantes vividos por Jo são manifestações de seu estado emocional e mental. A maternidade desencadeia um colapso psicológico, levando a alucinações e distorção da realidade. A sensação de perseguição e os medos relacionados a Ruby refletem sua dificuldade em aceitar as transformações em sua vida.
No clímax, Jo confronta seus temores e compreende que está lidando com sua própria ansiedade e exaustão. O filme não apresenta uma resolução convencional, deixando espaço para interpretações sobre o que é real e o que é fruto de sua mente. O final reforça a ideia de que a experiência da maternidade pode ser intensa e solitária, trazendo reflexões sobre as pressões sociais e as expectativas impostas às mães.
No entanto, apesar de tanta negatividade, o final também acaba deixando uma espécie de mensagem positiva, uma vez que, quando Jo recupera a filha dela mesma (num claro momento de embate com o seu psicológico), a protagonista passa a ter sentimentos equiparáveis aos que romantizam sobre a maternidade: ela se sente plena com a criança, o som ambiente se torna reconfortante e a iluminação suave. Isso indica que Jo venceu a forte barreira da negação e está aceitando sua nova condição.
Em suma, Bebê Ruby utiliza elementos psicológicos e narrativos para construir um retrato impactante da maternidade. O filme conduz o público por uma jornada de incertezas, onde a linha entre realidade e imaginação se torna cada vez mais tênue. A trama levanta questões sobre pressões sociais, isolamento e os desafios do pós-parto, proporcionando uma reflexão profunda sobre o tema.
Baby Ruby terá sequência? Onde assistir?
Por se tratar de um filme com temática bastante específica, tratando muito mais sobre maternidade do que aspectos do terror e suspense enquanto gêneros cinematográficos, não há possibilidade de uma sequência para Bebê Ruby. Você pode conferir o filme e seu final cheio de significados através da plataforma Netflix.